A MENTE E A INFORMAÇÃO

A ciência do tratamento da informação e do processamento de dados expandiu notavelmente a nossa memória nos tornando em reféns do tempo presente, enquanto nos auxilia a estabelecer conexões entre ideias e fatos, mas, diminuindo o nosso interesse em reflexão e introspecção, fragmentando e distraindo o nosso pensamento de uma maneira especulativa e assombrosa, simultaneamente fomentando superficialidade, credulidade e distração.

Entre o possível e o imaginário, a velha maneira linear de pensar da nossa mente, ainda primata, como o modo de troca de conhecimentos é um pensamento ambíguo que não estava preparado para a abundância de informação onipresente, ilimitada, anárquica e descontrolada da rede informática.

Nosso cérebro evoluiu, nós não mudamos, nem a nossa estrutura social mudou. O que está sendo alterado é a nossa tendência fundamental à violência ou à nossa capacidade inerente de amar. Mas, a nossa comunidade humana espalhada globalmente, exclusivamente adaptável e multiplamente comportamental, deve o seu sucesso a conformidade.

Como seres humanos, devemos estar sempre prontos para a interação social, adotando as perspectivas dos outros, pois, precisamos de outras pessoas para sobreviver, o que pode aumentar a competição tanto quanto aumenta a cooperação.

Para suprimir a distinção entre o relativo e o absoluto, promovendo a experiência comum em toda a humanidade, o sentido de irmandade deve emparelhar-se com as capacidades humanas compartilhadas, em lugar de associar o domínio do espírito do homem às regras e princípios religiosos ou às leis naturais redutivas.

Com a tecnologia atual é possível determinar e acompanhar o percurso sobre a conduta humana ao nível global, apesar de tal ação de moralidade absoluta, seja considerada fundamentalmente herética, teoricamente imperialista e praticamente utilitária, dependendo da mentalidade do grupo alvo de escrutínio, além de disseminada pela realidade social de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de uma sociedade regional por grandes entidades representativas governamentais que não consideram a realidade do sofrimento individual em determinadas comunidades. Contudo, o que é justo é entendido como sendo o que é bom para as pessoas.

Entretanto, não há posições fixas e inalteráveis, e o debate deve continuar desde que sejamos sensíveis aos argumentos, pois, somos criadores e alvos de nossas ações, decidindo quais noções são eliminadas e quais farão parte do consenso que leva ao próximo nível de conhecimento, observando os princípios como guia e a realidade como base.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 25/02/2019
Reeditado em 26/02/2019
Código do texto: T6583581
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.