TENTANDO ENTENDER E ACEITAR A VIDA

No ato a que aqui se cria... e se faz

quanta incompreensibilidade em seu sentido!

Na errante vista no momento em que julga, pois entender

Mas, ainda que a entenda que me dará a vida então em troca

a não ser a angústia do que no instante me revela?

Oh, permita-me comer a minha ração diária

Do algoz a que a mim a trás com suas mãos

a que as tenho por tão delicadas e bondosas

Todavia se cala a sua boca a respeito de minha morte

e amanhã virá com as mesmas mãos a ceifar minha vida!

Em tantas expressões de respeito e amor

quantas vezes se camuflam a punhalada d'ódio e da maldade!

E, portanto quantos aqui vede o tanto que ante muitos se disfarçam!

Do que às ocultas os tratam

pelo se saber a que vergonhoso s'é em fazer às claras

Oh! os bois a pastarem na verde relva das fazendas e sítios!

A também receberem sua cota de ração e d'água... todos os dias

Julgar-se-iam amados e queridos por seus donos e tratadores?

Oh! se soubessem que em seu tempo inevitavelmente irão para o abate!

E não s'é desta forma a Vida e igualmente o mundo... para conosco?

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24 de fevereiro de 2019

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 24/02/2019
Reeditado em 24/02/2019
Código do texto: T6582985
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