O desencanto de Júlia
Era uma vez...
Uma adolescente de família humilde chamada Júlia. Era uma moça encantadora de olhos verdes, cabelos longos e negros que faziam contraste com sua pele clara.
Em um passeio domingueiro com suas amigas na praça, conheceu Marcos, um rapaz mais velho, simpático, muito conversador e galanteador, que logo a chamou para tomar um sorvete e a pediu em namoro.
Júlia estava encantada, Marcos era seu primeiro namorado. Em seguida, marcaram outro encontro... ele era um homem muito atraente, sedutor, possuidor de um belo sorriso, um conquistador nato.
E assim, começaram a se encontrar com frequência. Júlia, deslumbrada, deixou-se levar por ele, estava completamente apaixonada, enfeitiçada, logo se entregou àquela ardente paixão.
No auge do namoro, Marcos recebeu uma carta avisando que sua mãe estava muito doente e gostaria de vê-lo. Com isso, ele pediu afastamento do trabalho e viajou.
O tempo passava e nada dele voltar, e para a surpresa de Júlia, descobriu que estava grávida. Ela começou a ficar desesperada e decidiu ir até a empresa em que Marcos trabalhava para obter notícias dele.
Foi então que ficou sabendo que ele havia pedido transferência pois estava de casamento marcado. Júlia chorou muito, não queria acreditar que eram tudo mentiras as juras de amor eterno.
Na sua ingenuidade, descobriu que era apenas mais uma entre as milhares de mães solteiras que, como ela, acreditaram nas promessas de um sedutor e pagaram caro por isso.
Essa história se repete todos os dias com milhares de adolescentes que se entregam à paixão, achando que a vida é um conto de fadas.