O PRIVILÉGIO DA GRAÇA

O Tempo é uma prerrogativa exclusiva do Terceiro Princípio, este, assim designado por Jacob Boehme, o maior Teósofo que surgiu na face da terra, e é onde se encontra o nosso Planeta e todas as Galáxias com todos os seus integrantes. Muitos séculos se passaram desde que essa extra geração, ou o Terceiro Princípio inteiro, foi manifestado em função do mega acidente cósmico provocado pelo Príncipe Angélico insubordinado. Nessa trajetória, em dado momento, após n’lhões de anos, surgiu o Homo Primus, que evoluiu para a condição de Homo Habilis, o limite da racionalidade, acumulando através da sua jornada muitos conhecimentos racionais potencializados na sua própria evolução.

Não obstante, na sua própria contagem do tempo, alcançado o século XXI, o Homo Habilis carrega a frustração de não conseguir fechar o círculo do seu conhecimento científico, em função de algumas questões que escapam da sua capacidade racional. Mergulhado na sua vaidade e arrogância, ele não admite a transcendência da sua racionalidade e assim, o Homo Habilis desconhece a sua origem, não pode retroagir a toda a extensão da sua evolução, não consegue conciliar os seus supostos conhecimentos da mecânica quântica, com a teoria da relatividade geral, não sabe por que não consegue determinar a posição e velocidade das partículas, não sabe o que é a gravidade, não tem noção sobre o determinismo cogitado pelo Marquês de Laplace, não sabe como funciona o mecanismo do Universo e nem o que, e como é esse Universo. Descobriu que nada se cria, nada se perde, mas que tudo se transforma. Mas não sabe de onde veio. Não sabe o que está fazendo aqui. Não sabe para onde irá... Contudo, o Homo Habilis continua arrogante, e se auto denomina como Homo Sapiens!!!

O Homo Habilis idolatra a sua racionalidade, e se recusa a admitir que o conhecimento possa ter origem na intuição ou em insights espirituais. Assim, ele ignora a percepção intuitiva e espiritual de Zenão de Eléia (490 a.C.- 430 a.C.): de que “Deus é o próprio Universo”. De Jacob Boehme (1575-1624): “No centrum naturae terrestre encontra-se o homem; no centrum naturae angelical está o Filho de Deus, ou o seu Coração O centrum naturae infernal não é Deus, mas está no Tudo e ele é o Não Fundamento em Si mesmo. Ele é que produz, gera, ou dá origem ao Fundamento, que é a Lapidi Theosoforum, ou a pedra angular que sustenta toda a corporalidade”. De Albert Einstein (1879-1955): “Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo – o único caminho é a intuição. A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia”. “Acredito no Deus de Espinosa, que se revela por Si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”. De Baruch de Espinosa (1632-1677): “Deus não é uma causa externa do mundo, mas sim a causa de Si mesmo e também de todas as coisas, pois a natureza não é uma criação de Deus: ela é o próprio Deus”. De Robert Jastrow (1925-2008): “Neste momento, parece que a ciência nunca será capaz de erguer a cortina acerca do mistério da criação. Para o cientista que viveu pela sua fé na força da razão, a história encerra como um sonho ruim. Ele escalou as montanhas da ignorância; vê-se prestes a conquistar o pico mais alto; à medida que se puxa a rocha final, é saudado por um bando de Teósofos que estiveram sentados ali durante séculos”. De Francis Collins: “Descobri que há uma harmonia maravilhosa nas verdades complementares da fé e da ciência. O Deus da Bíblia é também o Deus do genoma. Deus pode ser encontrado na Catedral e no Laboratório. Investigando a criação incrível e majestosa de Deus, a ciência pode na verdade ser uma forma de louvor”. De Max Tegmark: “Para mim, nosso passado, nosso presente e nosso futuro já estão decididos, e não há nada que possamos fazer quanto a isso”.

Os gregos, por sua vez, consideravam, intuitivamente, que o espaço era uma grande esfera, com várias esferas concêntricas, como uma cebola, cada esfera carregando uma luminária celeste. (Vide o modelo do Universo na página 38 do e-livro “Caminho Para o Tudo”. Coincidência?!).

Isaac Newton (1643-1727) se baseou exclusivamente na sua intuição para elaborar os conceitos sobre as leis do movimento, assim como Albert Einstein para estabelecer os fundamentos da sua Teoria da Relatividade Geral e da Restrita.

Georges Lemaitre (1894-1966) percebeu intuitivamente o evento “Big Bang”, do qual ele foi o primeiro precursor.

Jacob Boehme (1575-1624), o sapateiro alemão, o maior Teósofo de todos os tempos, elaborou todas as suas extensas obras literárias, sob a exclusiva orientação dos seus insigths espirituais.

O que mais será necessário para que os “cegos” passem a enxergar, e os “surdos” passem a ouvir? Somente o privilégio da Graça.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 19/02/2019
Código do texto: T6578903
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