Dos socialistas e dos comunistas
Dois tipos de pessoas se dizem favoráveis ao socialismo: os ingênuos, que, desavisados, crêem, piamente, que o socialismo irá construir, na Terra, o Paraíso; e, os patifes, que, sabendo que o socialismo, para a sua concretização, exige o extermínio de milhões de pessoas, falam em nome dele para ludibriar os ingênuos.
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O capitalismo e o socialismo são o que dizem deles seus respectivos defensores e críticos. São abstrações, e nelas cabe qualquer coisa.
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Enquanto os líderes socialistas de Cuba e da Venezuela gozam de uma vida nababesca, em castelos suntuosos, banqueteando-se com o que há de bom e de melhor, os povos cubano e venezuelano, à míngua, comem o pão que o diabo amassou.
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Os comunistas, sempre a prometerem ao povo o céu, o presenteiam, após uma revolução, com o inferno. Foi assim na Rússia, na China, em Cuba. Os governantes que os antecederam nestes três países não eram flor que se cheire, mas os comunistas, suplantando-os em maldade, erigiram desumano sistema totalitário que eles jamais conceberam em imaginação.
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Dizem os socialistas que Nicolás Maduro, e, antes dele, Hugo Cháves, não implementaram, na Venezuela, o socialismo, e que o atual sistema econômico venezuelano não é o socialista. Dou mãos à palmatória, e concordo com os socialistas. Só não entendo porque os socialistas adoram, apaixonadamente, tanto o Maduro, quanto o Cháves, e porque apoiavam, incondicionalmente, o falecido antecessor de Maduro, e apóiam este com o mesmo fervor, sabendo dos crimes que eles perpetraram, e da tirania com que este subjuga os venezuelanos. Pergunto-me se é porque eles, apresentando-se como anti-capitalistas, têm todos os seus crimes pelos socialistas justificados, perdoados. Na guerra contra o que chamam de capitalismo o fim, a criação da sociedade socialista, para os socialistas, justifica todos, definitivamente todos, os meios, a matança inclusive.