feliz jornada
a sabedoria duma vida simplória
quando por aqui apareci, a princípio achei que aprendi, porém, a minha ilusória verdade se desfez por um choque de soco inglês, então me perguntei outra vez, incontável vez. afinal o que é que vim aqui fazer? percorri religiões e livros sagrados até me sentir o grande culpado pelo natural pecado no livro sagrado sacramentado. o inferno e o paraíso a mim me foram demasiadamente apregoados. de qualquer forma fico muito obrigado, porém, não sei se fui enganado, ou se estavam de olho no meu pobre ordenado. ordenado a ser doado. o meu próximo estava mais próximo do meu pobre ordenado, para eu ficar bem ao passar para o além o qual fica bem ali do outro lado, amém. porém, notei também que meus irmãos estavam muito atrapalhados, focados no mesmismo pela hipocrisia fabricado. senti-me por todos muito humilhado, mais um ignorante ali ignorado. achei tudo muito engraçado, e achei um jeito de pensar e passei a ser feliz pelo nada, absolutamente nada, nadando sobre a correnteza do além, e vi que nesse engodo danado danou-se o ser humano total, posto o ser ser mais um pobre mortal, com muito dinheiro, ou pouco por ele guardado. nesta feliz jornada; preciso de quase nada, levantar cedo, se preciso, porém, evito as madrugadas. creio que, neste sentido se aplica a desejada felicidade. simples assim, ser feliz foi única boa escolha que fiz para mim. vou mais longe; para um velhote o qual dispensa idade e qualquer enganoso dote, adotei com certa timidez o amor acima do chicote, mesmo levando calote. adotei logo a simplicidade da velha sensatez, eis o xis da antiga questão, comerei feliz no simples prato raso: carne de pato, ou saboroso arroz e feijão, e que arraso se lá tiver vinho, moqueca de camarão. e por que não chamar meu bom vizinho, não pense que vivo a comer sozinho, não, a ninguém espezinho tendo esta mortal condição. quando não, meus netos, filhos, irmãos, sobrinhos e quem mais estiver no caminho. na realidade tenho a liberdade quando estou sozinho. bem, meu irmão, tenho por fiel companheira a solidão, dona do meu encanecido coração! as minhas vestes: que tolice, há muito já lhe disse: uso uma peça por vez, no meu carro, apenas um assento, e no meu pé direito, eis mesmo sapato outra vez. eis o teste de lucidez trepidando sobre a minha sensatez, da pureza singela à vida vívido-vivida em rosa-amarelo. ah... aqui se encerra toda a sábia filosofia, na geografia desta bela existência na qual vivemos sem transparência da simplicidade da divina sabedoria, sendo que a veraz felicidade se encontra no coração de qualquer idade de a a z, ei-la: grande sabedoria que os sábios jamais saboreiam, vivem alheios em seus devaneios, em busca das glórias que se acabam aqui, sapiências quais ficam pra história já há muito conhecida, porém, por poucos apreendida.
Seja rico, seja pobre, seja humano, seja tudo, seja nada, quando for quase tudo isso, terá vivido a vida, terá aprendido a antiga maneira fabulosa de bem-viver. comece agora, sendo humilde para essas práticas exercer. o seu erro pode estar ao se comparar com seu vizinho, esse pode ser o seu desterro, pois, ainda não aprendeu a andar sozinho nesta clara solidão, cuja negritude está na cabeça pobre e podre do racista qual não se põe na lista de pobres nobres mortais a fazer distinção de cores de seu espectro de solidão insólita...
sucesso nesse mais alto empreendimento de sua vida! chamado: amor sem causa.
seja feliz apenas por ser!
o teste está em você conseguir à inocente criança com o seu mais modesto brinquedo donde revelar-se-á o verdadeiro segredo ao se distrair com uma gotícula d’água ao perceber nela o reflexo de todo o firmamento divino.
então meu irmão, acaba de bloquear o seu estresse sem causa.
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