EM GUERRA COM UMA LATA DE SARDINHA

08 de fevereiro de 2019

02:52

Parece um corte, mas é só um cobertor rasgado...

Eu acendo as luzes e giro pela casa sentindo um cheiro de uma chuva que não cai. Me sinto enjoado e cansado, mas não gosto de dormir. Tomei um remédio pra enjoo e eu sei que ele será como um taco de baseball na nuca já já. Droga...!

Eu vejo as pessoas na rua, eu fico num lugar em que as pessoas passam... digamos que; metade dos moradores dão uma passada por ali durante a semana. Além do suor eu vejo muito cansaço em seus olhos.

Parece uma ferida, mas é só um arranhão numa panela velha...

Não um cansaço físico, mas uma irritação, uma convicção de que as coisas não vão mudar. Pensar que em, no máximo dois anos depois de sua morte, ninguém lembrará de seu nome ou de nada que você fez ou falou é tão desesperador que ninguém fica matutando sobre isso. As pessoas simplesmente vem e vão.

02:57

Minha caveira de brinquedo me observa enquanto escrevo. Eu comprei uma lata de sardinha com molho de tomate (pra comprar com champignon e molho Shoyu) e agora me lembrei que mal sei usar abridores de lata (assim como não sei direito amarrar o sapato e olhar rápido relógios de ponteiro...).

Será uma guerra. Eu podia comer pão também... humm.