Peito deserto

Não há sombra que impeça que o sol ardente queime a pele sofrida de um homem que tem o seu peito aberto.

Não há água que mate a sede de um homem que caminha incessantemente. Há flores e pedras, há céu e há nuvens. A chuva foge do solo deserto do meu peito ,onde as raízes secas esperam por uma gota de esperança para que se faça verde esse jardim de areia. Mas chove,a tempestade corre e alcança outros solos mais férteis,onde o verde é a esperança que pinta o chão. O deserto peito permanece escaldante e o sol ilumina o tom de amarelo da areia que esconde os rios imaginários que matam a sede do homem.

Carolina Duvir
Enviado por Carolina Duvir em 08/02/2019
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