AH, ESSAS CONVERSAS PERDIDAS!_
Dessas, de ponto de ônibus, de restaurantes e calçadas, histórias incompletas e perdidas que vão cruzando os nossos ouvidos enquanto caminhamos...
Dessas, num entra e sai frenético, que chegam e partem - entrecortadas - na mesma velocidade dos nossos passos. É o remédio para a criança, o pão anets de ir para a casa, a vizinha que apanhou do marido, o preço do café e a falta de sombra... É a faxineira que pediu aumento, o patrão ranzinza, a passagem que está cara, o país, o almoço, a dívida, a pensão, a poesia... Tudo, tudo tão depressa, quando, então, por fim, o mundo se fecha à beira do portão da sua casa.