APRISIONADOS NO TEMPO


“Não vejo a hora de chegar às férias escolares!”


“Como acabou logo o ano?! Logo já é o natal!”



O tempo é apenas um lapso na eternidade
Nesse interregno...
As horas têm sempre seus minutos
Os meses têm sempre os mesmos dias
E o anos os mesmos meses
Nós, então, que ficamos diferentes.

Não há nada novo
É apenas o homem que acertou o horário de verão
É ele apenas mudando de novo
A ansiedade e a pressa
é que diminuem ou aceleram esse relógio.
Ele parece-nos engolir vivos
O tempo não acelerou
…somos nós que aumentamos os compromissos.
O tempo não desacelerou
…somos nós que ficamos ociosos e omissos.
Aprisionados num circuito
Encarcerados pelas nossas vontades.

Quando criança, tudo "parecia" demorar
Férias, aniversário, natal
Os ‘dezoito anos’ "pareciam" nunca chegar
Metas que o tempo nos retardava,
quando não tínhamos muitas responsabilidades.

Já moço, o tempo "parece" não esperar
Como as contas, os boletos e os cabelos brancos
A velhice parece fazer uma metamorfose
Um homem viril num ser mais resguardado
Neste ínterim,
a única coisa que parece demorar,
é chegada do quinto dia útil, “não sei por quê”?

Então percebi que o tempo não corre e nem diminui
Ele apenas nos esmaga
Somos nós que damos a velocidade a ele
Mas o tempo, como nós,
está preso também na eternidade.



Eclesiastes 1:9    (ler o capítulo inteiro)

"O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol."