A RECLUSA DO QUARTO NEGRO (ALMIR PRADO)

Ela passou por um período onde ficou reclusa escrevendo poemas desconexos , lendo todos os livros que conseguia e escutando Tim, Tom e Chico. Ficou introspectiva e calada, era extremamente egoísta com a dor, ela não dividia com ninguém. Foram dias sem luz em seu quarto e tomava café praticamente o dia todo e fumava dois maços de cigarros por dia. Ela percebeu que trocar a cama de lugar não adiantaria, então ela olhava pela janela de seu quarto as borboletas que pousavam uma a uma , ela viu a lagarta se arrastar por meses e depois ficar em seu casulo por algumas semanas, assim como ela fazia em seu quarto. As borboletas com suas cores translúcidas foram colorindo os dias cinzas e ela seguiu a lição das borboletas e depois de lutar , persistir e não desistir a borboleta voa, livre , bela e silenciosa e vivendo com fé e leveza e colorindo onde é que passasse, então ela saiu do quarto e brilhou. (ALMIR PRADO)

Almir Prado
Enviado por Almir Prado em 28/01/2019
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