Pois se a vida acabasse hoje, seríamos todos covardes.
Finalmente, dos confins vos escrevo! Não sei se por muito tempo aqui estarei para relembrar tantos momentos agradáveis que tivemos juntos, enquanto tudo era meu, tudo entao era meu, então você era minha, só minha e todas as coisas também....assim me achando um Deus preservei muita coisa como se pertencesse apenas a mim.
O tempo soprava a todo momento em meu favor, como se fosse nosso, e como se todos estivessem felizes ao meu lado com a minha felicidade, e eu cria num ideal de sociedade em que todos ficariam satisfeitos com a nossa felicidade...Vivenciei, a corrida, a inveja, o desespero e todos os toques de tambores adversos num mundo obscuro de diversos tipos de maldades que se podem cometer para a sabotagem de um ser.
E quando, quando se acaba um ser?
À todos um visual pobre, de que o ser se acaba quando o último suspiro é dado ou qualquer coisa do tipo, o conceito de ser na verdade é tão vago quanto seu ideal ou sua concretização, não importa o que você é, importa mesmo o que você faz que vai ficando pelo resto da vida marcando todo o caminho que você trilhar e fazendo com que todas as pessoas se lembrem de você por aqueles motivos.
Então, se você errou e vê muita gente calada, não é satisfação com seu erro, tampouco agora posso lhe dizer é complacência, querida, é compreensão de que não há retitude no comportamento humano, há divergências, teses diferentes, há muitos nuances e romances, e entre eles há mal entendidos e pessoas muito frustradas pelo caminho, que acabam por encerrar a carreira de outras já tão bem vividas.
Enfim, se a vida acabasse hoje, eu posso até não estar feliz...mas tenho muitas poucas lembranças de felicidade que não dependam de outras pessoas, e passo mal e fico satisfeito ao mesmo tempo, por saber o quanto são covardes, os seres humanos. Disso tenho toda certeza. Verdade que ninguém nunca assumirá.