Leitor não se nasce, se forma.

A gente não nasce leitor, a gente vai se formando leitor, desde o útero, recebendo variedade de leitura, muito antes do nascimento, recebendo a leitura alimento, o pão de poesia.

E ao nascer, num berço, o ser pequeno e frágil, de livros coberto e vestido, além toda a sorte de afeto, ouvir as canções e cantigas, dorme-se e se sonha entre contos de fadas e fábulas, um leitor em criação.

A gente vai crescendo e se transformando leitor, renascendo de fora para dentro, quando pelo prazer da leitura se cresce e voa, se aperfeiçoa:

Das letras ao sonho,

da palavra à imaginação,

da realidade à fantasia numa história ouvida, ou lida.

A gente não nasce leitor, a gente se cria por meio das histórias contadas, dos livros vivenciados!

A palavra nos refaz e nos constrói leitores, célula a célula, no amor e no prazer de se criar num ambiente chamado cercado de amor e respeito: O livro!

Paula Belmino