A guerra

Eu não cresci, querido

Eu não parti

Eu não fugi

Meu bem, eu só vou caindo

Cada passo que dou é um degrau descendo

Um sopro esvaindo

Chega de batalhas

Meus olhos choram

Meu sonhos cansam

Maldita seja essa merda

Fugir mil anos, encontrar mil cantos

Em nenhum lugar acaba a guerra

Soco, empurro, esperneio em teus braços.

Corro rápido sem nem haver chão

Grito merdas, novelas e sermão

Erro a festa, jogo corpos, queimo velas

Vejo a seta, torço a guela, vou ao chão

Mas não passa a hora

Nada desfaz essa marca

Nem sinal de melhora

Sim, são os arranhões em meus braços

Os hematomas em minhas costas

Os olhos em mim mirados

Meus gritos em sua resposta

Não haverá jamais um fim

A guerra vai continuar imponente

Em todo templo calado

Em toda pessoa que vir.

Esse será sempre o cenário

A guerra é que habita em mim.

Chuta, esperneia, soca, e

Lucas Viana
Enviado por Lucas Viana em 17/01/2019
Código do texto: T6552861
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