O mar
O mar beijava o seu corpo
Que jazia, sem medo ou coragem!
E a flutuar sobre as aguas,
Inerte e frio, na areia,
O mar o deixou,
Assim como o mar,
A vida também se fora.
O sol retirou-se do seu mundo
E o céu abriu-se ao olhos
Dos que ficaram.
A noite não mais ouvirá
O seu embriagado riso!
E a lua não lhe servirá
Como farol.
O último som, Talvez,
Aos seus ouvidos
Fora a voz de sua
Querida tia!
-Olha! Bebida... e agua é quase morte!
Cuidado! Respeite o mar!
E não se deixe levar
Pelos os seus encantos!
Conselho não ouvido
É desalinho nos trilhos da vida,
Chega a ser, as vezes, a própria morte!