Correntes

Desnaci para rir no ventre calmo

Morri para viver de fato

Vivi pra ver só luzes em meus palcos imaginários, cortinas desceram!

Corri no tempo desmedido e tropecei na beleza de muitos olhos

Desfolhei corações na calada da noite tal flores frágeis... Ai de mim!

Brincando de florista eu estava feliz sem saber...

Apanhei com açoite, era a própria vida a ralhar feito mãe

mas ri da fria noite irreverente a me olhar como gente

Ah, eu tive lembranças de rios a me arrastar... eram profundos demais pra mim!

Noites caindo em minhas mãos vazias...

Ah, eu tive tempo de fugir do mundo!

De atravessar as diversas pontes

e arremessar as pedras n`àgua!

Mas não o fiz e refletia nelas!

Relento vago preferi

dançar sozinha, e somente para mim... foi assim

E tudo assisti!

Feito vinho engarrafado e esquecido, vivi

Mas era pro melhor de mim,

então fiquei assim

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 10/01/2019
Reeditado em 22/01/2019
Código do texto: T6547919
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