Um devaneio de ano novo (2019)
Um sol fraco de fim de tarde vem me cumprimentar, no primeiro dia do ano de 2019 do calendário deste Mundo. Ele me encontra em solitude, aparece tímido entre nuvens frias que preparam as constantes chuvas de verão. Vacas de cor preta com grandes manchas brancas, me olham de longe, com olhares solenes em direção ao velho carro de meu pai, um Ford 2003, enquanto seus grandes pastos verdes e úmidos são deixados para trás com velocidade. Meus pensamentos são tomados por uma visão otimista: não temo pelo futuro e sinto com toda a profundidade de um espírito pessimista, que as coisas darão certo... Nem penso com tanta profundidade no passado, porque esse único instante já se foi, tão rápido em comparação com a imortalidade dos espíritos quanto a chuva da estação. O que nos resta no mundo é o único momento que existe, o momento em que você gasta minutos preciosos da sua vida mortal para ler o relato de um ser que viveu um Ano Novo triste, mas que pensa no futuro, pela primeira vez em sua curta existência de 22 anos, com otimismo.