VERDADE E SUAS FACETAS, VERDADE RELATIVA

Verdade, mentira, confiança na transferência de informação

Verdade para quem, mentira para quem, confiança em transferir a informação verdadeira ou falsa.

Primeiro Verdade tem muitas facetas, para cada um a verdade tem um significado, uma interpretação, uma moral diferente.

No direito costuma-se dizer que o advogado do Autor defende uma verdade, o do Réu contrapões, e o Juiz e o encarregado de dizer qual verdade deve prevalecer.

Nas negociações as verdades tem caráter e dose milimétricas, ou seja tem que ser liberadas de acordo com o andamento dos negócios para aumentar o interesse de ambos os lados e sempre floreada do interesse que se pretende expor, inclusive quanto ao preço, que quase sempre se pede um valor maior e o defende com comparativos que os sustentes, e quase sempre acompanhados de pequenas mentiras ou omissões. É o mundo dos negócios e cada lado deve entender que se trata de negócio, e cada lado tem que tomar suas cautelas e fazer suas pesquisas sobre o negocio e o objeto negociado e tomar as suas precauções que julgar necessários, não para ser enganado ou não, mas para fazer o negocio da maneira mais segura possível, são as regras de negócios.

Após o CDC (código de defesa do consumidor) ou mesmo antes, ou mesmo depois, para o comercio em geral em grande escala existem regras pré-dispostas onde o produtor do produto tem que oferecer com certas verdades, inclusive quanto ao preço, que não pode ser mais que 100% de lucro, sob pena de crime contra a economia popular, isto tudo para a defesa do consumidor em geral.

Nos relacionamentos pessoais, defende-se a ideia de que a pessoa tem que ser o mais transparente possível, agindo com verdade, dizendo a verdade, mas mesmo aqui a verdade tem muitas facetas e podem ser interpretadas a favor ou de forma contraproducentes, o que faz com que a liberação da verdade e o tempo que a mesma deve ser liberada a informação tem que ser sob medida, e terá que haver tolerância em aceitação do conhecimento e do tempo em que foram liberadas.

Exigir a liberação constante e direta o tempo todo das verdades é exigir do relacionamento mais do que é o próprio relacionamento, pois o relacionamento é viver um para o outro os comentos em que estão juntos e estão vivendo o comum.

Cada ser no relacionamento quase sempre tem vida própria separada, com tempos de exercícios de suas atividades separados, e exigir que tudo seja aberto, dito, é exigir MUITO, é exigir que cada lado se esgote em dizer coisas que nem sempre terá a mínima importância para o relacionamento, até porque muita coisa só terão importância se algum advento ocorrer, nem sempre muita coisa tem importância sem o advento de outra.

Então os parceiros no relacionamento têm que viver o relacionamento, e quando um advento ocorrer que exija o saber de uma verdade ou omissão poderá então solicitar a transparência do outro parceiro e mesmo assim sempre obter as informações com cautela por que sempre são interpretativas.

As verdades tem a ver com o tempo e espaço em que elas são produzidas, um ato é revestido das decisões momentânea em que ele é praticado, e circunstância poderão molda-lo de forma diferentes dependendo das informações que se tenha naquele momento, analisar o ato em outro tempo, analisar o ato já praticado com informações diferente do que se tinha no momento da pratica do ato com certeza terá uma verdade diferente do momento da pratica do referido ato, e saber diferenciar isto é muito importante para aceitar o ato como ele aconteceu e foi praticado.

Portanto a verdade dita ou omitida tem valores, eficácia, importância diferentes em cada momento e para cada pessoa, e cobrar a verdade é MUITO RELATIVO, nem sempre ter a verdade e a transparência como regra é uma coisa muito fácil.

Muitos atos teriam resultado diferente se a verdade fosse conhecida antes da pratica dos atos.

Por mais que se cobre dos agentes públicos, inclusive a verdade e a transparência, tem atos que depende do sigilo, não tem como declarar que haverá confisco daqui a 30 dias, pois será ineficaz a medida, pois todos sonegarão os bens a serem confiscados.

Também ficar preocupado em dizer certas verdades nem sempre é eficaz mesmo na vida privada dos relacionamentos, pois muitas verdades estão sujeitas a ocorrência de outros eventos e poderão os eventos não ocorrerem e a verdade será outra em razão deste fato.

Assim no relacionamento comercial, negocial, privado, as partes envolvidas têm que ter maturidade para entender quais verdades podem, ou devem ser ditas antes ou depois e aceitarem estas condições como regras da natureza do relacionamento em jogo.

No relacionamento pessoal, como no filme, amar é jamais ter que pedir perdão, é aceitar o outro como ele é, é querer o melhor para o outro, é aceitar as vezes migalhas do que é oferecido naquele momento do relacionamento, exigir diferente disto é forçar muitas vezes o relacionamento de forma a correr o risco de rompimento é como apertar muito a porca no parafuso, pode espanar. 8.1.2019