O sol de todos os dias
Esse sol que nos espia
Pelas as frestas
Dessas nuvens,
Que também são viajantes,
É sempre dia!
E cria todo amanhecer.
Doura a paisagem
Com seus fachos a fulgurar
Rutilando sobre o espelho
Clareia o rosto do mar.
É só um dia,
Que se vai ao entardecer
E não tem dura!
A noite deglute a tarde
E regurgita as estrelas,
Ela passa a ser dona e senhora
Dos Homens e seus eventos
É parte inerente das horas,
E morre também no tempo.
Não tem dura!
A vida se desprende ao passo de um olhar,
E não tem dura!