Ocupação de escolas

Vinte alunos ocupam uma escola, cujo corpo discente é de quatrocentos alunos. Trinta alunos ocupam outra escola, cujo corpo discente é de oitocentos alunos. Os alunos que ocupam escolas não representam a vontade de todos os alunos. São insignificantes, manipulados por grupos de esquerda revolucionária, e a eles submissos. São sugestionáveis, e não têm vontade própria; e neles professores já fizeram lavagem cerebral. E são apresentados como exemplos de alunos independentes, que pensam com a própria cabeça.

A Educação, no Brasil, teve de descer a um nível muito baixo para que tal inversão de valores prevaleça.

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Não há aulas em escolas – todas públicas – ocupadas, cada uma delas, por pequeno grupo de alunos, que não corresponde nem a dez por cento do corpo estudantil das escolas ocupadas (e o corpo estudantil das escolas públicas é composto de alunos de famílias pobres). E não havendo aulas, os alunos não estudam, e não estudando, nada aprendem, e nada aprendendo, encerrarão a vida – se é que se pode chamar de vida a frequência diária, durante uma década, no inferno – escolar sem os conhecimentos e o preparo indispensáveis para se conseguir um bom emprego, e viverão, na rua da amargura, em empregos mal remunerados. Enquanto isso, há aulas nas escolas particulares, cujo corpo estudantil é constituído de alunos de famílias ricas, e nelas havendo aulas, os alunos estudam, e estudando aprendem, e aprendendo encerrarão a vida escolar com os conhecimentos e o preparo necessários para, adultos, exercerem profissões bem remuneradas. Todos, então, que apóiam e incentivam a ocupação das escolas públicas, prejudicam os alunos, que são pobres, e beneficiam a elite, os burgueses (para usar uma terminologia cara aos esquerdistas), que estudam nas escolas particulares.

Precisa-se ser um Einstein para se concluir que o movimento de ocupação, por alunos, de escolas públicas, incentivado por políticos, intelectuais, artistas e professores (e até pais de alunos) beneficiará os mais ricos e prejudicará os mais pobres, aumentando entre eles o fosso que os separa? Os esquerdistas, que promovem a ocupação de escolas, declaram que no Brasil a desigualdade de renda prejudica os pobres e beneficia os ricos, e defendem políticas sociais para, se não eliminá-la, reduzi-la. É fato. E concordo. E o que tais gênios promovem? O movimento de ocupação das escolas, que aumentará a desigualdade de renda entre ricos e pobres.

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É simulação de oposição entre PSDB e os partidos políticos da esquerda radical o movimento de ocupação, por alunos, de escolas - promovida para marcar diferenças, inexistentes, de políticas e de ideologia.

Dizem os alunos que ocupam as escolas que eles as ocupam para protestarem contra a PEC 241 e a mudança na grade curricular, ambas propostas pelo governo Temer. Ora, tais políticas do governo Temer atingem todo o Brasil, então por que os alunos só ocupam escolas de estados governados pelo PSDB? Por que os partidos que manipulam os alunos opõem-se ao PSDB e o PSDB a eles? Não. È apenas simulação de oposição com o objetivo de apresentar o PSDB como oposição ao PT e partidos similares, PSOL, PSTU e mais uma dúzia de outros.

Escritos em 31 de outubro de 2016.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 07/01/2019
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