Um surto qualquer
Meu peito dói tanto que mal consigo respirar, tenho a sensação que o meu coração irá parar a qualquer hora, mas com muita angústia sobrevivo.
No momento, eu estou respirando com a ajuda de todos os músculos e órgãos do meu corpo porque só o sistema respiratório não está sendo suficiente, ele também não sabe ficar sozinho.
Hoje é o primeiro dia em 3 que eu não peço ajuda para não ficar sozinha, para não morrer. Pelo menos ainda. Ficar sozinha tem sido um sacrifício contra mim mesma.
Preciso deixar o celular em qualquer outro cômodo ao que eu estiver para eu não correr o risco do ímpeto de esperar por uma mensagem sua que parece ser a única coisa capaz de me salvar, mas não é.
Me preencho com a falta que você me faz. Me esvazio com a dor que tudo está me causando.
Preferi me manter só, assim posso enlouquecer em paz. Eu posso morrer agora nesse instante e ninguém saberá, só a partir das 18 horas quando o meu pai chegar em casa e ele vai chorar e você vai chorar e eu já chorei demais.
Só eu sei a sorte e o azar que é estar viva nesse corpo que pesa o mundo inteiro no meu coração frágil demais.
Não sei se sou grata por estar aqui, mas estou e estar já é muito.