CRIANÇA INTERIOR
A criança cresceu, se perdeu no emaranhado que a vida foi criando. No embotamento diário a essência diluiu, fragmentou e tudo ficou sério demais. Onde está a gargalhada pelo simples... o lambuzar do sorvete... a delícia do escorrega... o voar alto no balanço... jogar bola de gude... soltar pipa... brincar de roda. Ou simplesmente ri por rir... coisa de criança rir de nada por nada.
Ficou guardada no interior, em algum canto com vergonha de se expor porque vida de adulto tudo boicota, tudo é feio, ridículo. Que vida chata!
A leveza da alma é a criança, a inocente diversão. Deixa a criança exposta... se faça feliz... ria de si mesmo...cante... dance. Ignore os chatos, infelizes, pobres de espírito que boicotam a alegria da criança que existe em todos nós.