O empoderamento Feminino

A vida de casado é assim:

No começo o homem é como duas paredes de placas tectônicas quando se batem:

É robusto, forte, impávido.

Seu barulho espanta os mais temidos animais marítimos e causa pavor em qualquer ave. É admirado por sua grandeza e beleza.

A mulher por outro lado é como a onda que surge dessa batida:

Fraca, sequer é notada por uma gaivota...

Mas conforme o tempo passa ela vai crescendo e se fortificando.

Os pássaros já não se atrevem a tentar pescar um peixe em suas água.

Nenhum marinheiro é corajoso pra navegar por ela.

Ela está esplendorosa em todo seu vigor como um vulcão em plena erupção.

Está devastadora!

Enquanto isso, o homem barulhento do comeco da jornada aos poucos dorme, morre aos poucos com os anos de casado.

Parece até que suas forças foram sugadas pela onda que é a mulher fragil do começo do casamento...

Vai perdendo sua testosterona, seu instinto e voracidade que faz a mulher se sentir domada e desejada se esvairou pelos anos.

Não há mais volta.

Seus gritos foram enterrados juntamente com seu vigor

Seu ímpeto masculino sequer incomoda aquela tsunami que se formou.

Ele morre...

No seu auge a mulher olha aquele defunto inútil e com os ollhos radiantes e recomeça sua saga. Diferente do começo do casamento ela é agora mais sabia, mais segura, mais bela e mais potente como um bom vinho...

E está feliz!

Se sente desejada por um batalhão como nunca houvera sido e seu canhão derruba qualquer barricada.

De longe é notada e querida por todos.

Defuntos se debatem em suas covas...

Nenhuma parede parece poder contê-la agora.

Mas como a mariposa que busca a luz ela busca mais que uma parede, instintivamente busca um cais que a possa parar.

E alegre se entrega novamente a rochedos exuberantes e inigualáveis que enchem seus olhos como nas suas poucas primaveras...

Não percebe, mas aos poucos ela vai cedendo.

Se quebrando.

E em pedaços cada vez menores.

Parece até que os rochedos estão a esgotar suas forças.

Por fim ela morre.

Sem entender como todo seu encanto já não abala nem os túmulos de outrora.

Olha no espelho e vê que o tempo levou toda seu deslumbre.

Está morrendo como uma presa nos seus últimos momentos.

Ninguém ouvirá seus gemidos.

E também ao túmulo irá.

E no cemitério como todos os outros mortos percebe que deveria aproveitado mais a caminhada...