Pesadelos

Tentadoras manhãs

Em que a poesia me dissolve dos vazios

E desperta os enigmas da vida

Em meu amago e dolorido ser

Meus olhos de menina

Nadam em sonos profundos

De pensamentos sem sentidos

Perdidos em noites frias

Vagos, escuros, soltos no mundo

O silêncio cresce na fúria

De um clamor doentio

Afogando em mil línguas

O meu Eu sombrio

Noite adentro

Noite afora

Ébria, incandescente

E o dormir vira órfão

Preso na mente

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 30/12/2018
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