Pesadelos
Tentadoras manhãs
Em que a poesia me dissolve dos vazios
E desperta os enigmas da vida
Em meu amago e dolorido ser
Meus olhos de menina
Nadam em sonos profundos
De pensamentos sem sentidos
Perdidos em noites frias
Vagos, escuros, soltos no mundo
O silêncio cresce na fúria
De um clamor doentio
Afogando em mil línguas
O meu Eu sombrio
Noite adentro
Noite afora
Ébria, incandescente
E o dormir vira órfão
Preso na mente