UMA PERGUNTA PARA OS TEÓLOGOS
1 - Antes de nascermos, tudo já estava escrito a nosso respeito, nossos dias já estavam marcados, antes que chegasse o primeiro dia da nossa vida, e a eleição também já estava definida, não por nossos méritos, mas conforme a vontade de Deus, e pela Graça.
Salmos 139;16 – Ainda embrião, teus olhos me viram e tudo estava escrito em teu livro; meus dias estavam marcados antes que chegasse o primeiro.
Jeremias 1;5 – Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.
Romanos 9;11 - ... pois os gêmeos ainda não tinham nascido, nem praticado o bem ou o mal, para que o propósito de Deus, segundo a eleição, permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama.
2 - Não somos nós que escolhemos Cristo; pelo contrário, Ele nos escolhe e nos destina a produzir frutos permanentes na sua videira.
João 15;16 – Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, eu vos escolhi e vos designei a ir e dar fruto, e fruto que permaneça, a fim de que o Pai vos conceda tudo quanto lhe pedirdes em meu nome.
3 - Deus predestina os que serão filhos adotivos por meio de Jesus Cristo, conforme o conselho da Sua vontade, pois Ele conhece o “antes, o durante e o depois”.
Efésios 1;5,11 - ... e nos predestinou para si mesmo, segundo o bom desejo da sua vontade, para sermos filhos adotivos por meio de Jesus Cristo. Nele, em quem também fomos feitos herança, tendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que fez todas as coisas segundo o conselho da sua vontade.
4 – Somente pela Graça nós somos salvos, por meio da Fé, e isto não procede de nós, pois a própria Fé é dom de Deus, e não procede das nossas obras, para que nós não tenhamos do que nos orgulhar.
Efésios 2;8,9 – Porque pela Graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se orgulhe.
5 – O Apóstolo Paulo, o mais fecundo de todos no Novo Testamento, um ex-perseguidor de cristãos, foi um dos agraciados com a unção espiritual, e cumpriu a sua missão, frutificando com abundância na videira de Cristo.
Gálatas 1;15.16 – Quando Deus, porém, que desde o ventre da minha mãe me separou e me chamou pela sua Graça, se agradou em revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei ninguém.
6 – Deus não cria nada, pois tudo está Nele mesmo, e Ele é Tudo. Ele se produz em Si mesmo, de Si mesmo, por Si mesmo e para Si mesmo, num ciclo sem início e sem fim, que se repete como um eterno filme de longa metragem, onde não há, não houve e nunca haverá quaisquer novidades. Esse filme que nos diz respeito chama-se Geração Cósmica.
Eclesiastes 1;9 a 11 e 3;15 – O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser, também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois. O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi, pois Deus vai em busca do que passou.
7 – Os escribas, já na antiguidade, perceberam a importância, pela repercussão social, da inclusão do elemento feminino nas crenças e superstições. Surgiu então a rainha Astarote na antiga Mesopotâmia, a deusa Ártemis ou Diana dos Efésios, que “caiu” de Júpiter, e mais recentemente (séculos XVI-XVIII-XIX-XX) a “senhora” que “apareceu” no México, no Brasil, na França, e em Portugal, respectivamente, (mas nunca nos países com a predominância de outras opções “religiosas”, ou com maioria ateísta) sendo todas elas a mesma rainha dos céus a que se referem os textos bíblicos a seguir indicados.
Jeremias 7;17,18 – Você não está vendo o que eles fazem nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? Os filhos recolhem lenha, os pais acendem o fogo e as mulheres preparam a massa para fazer bolos em honra da rainha do céu; depois derramam vinho em homenagem aos deuses estrangeiros; só para me insultar.
Jeremias 44;16 a 19 – Nenhum de nós vai obedecer a isso que você acabou de nos falar em nome de Javé. Nós faremos aquilo que prometemos: queimaremos incenso para a rainha do céu e derramaremos vinho em honra dela. Faremos da mesma forma como fizemos, assim como nossos antepassados, nossos reis e nossos chefes fizeram nas cidades de Judá ou nas ruas de Jerusalém, quando nos fartávamos de pão, éramos felizes e não conhecíamos a desgraça. Pois quando paramos de queimar incenso para a rainha do céu e de derramar vinho em sua honra, começou a faltar tudo, e nós morremos pela espada e pela fome. As mulheres disseram: Quando nós estamos queimando incenso à rainha do céu e derramando vinho em sua honra, é por acaso sem o consentimento de nossos maridos que nós fazemos bolos com a figura dela e derramamos vinho em sua honra?.
Atos 19;24 a 28,35 – Havia certo ourives, chamado Demétrio, que fazia miniaturas de prata do templo de Ártemis, e proporcionava bom negócio aos artífices. Ele os reuniu, bem como os artífices de obras semelhantes, e disse: Senhores, bem sabeis que deste negócio nos vem a prosperidade. E estais vendo e ouvindo que não só em Êfeso, mas em quase toda a Ásia, esse homem, Paulo, tem convencido e desviado muita gente, dizendo não serem deuses os que são feitos por mãos humanas. E não há somente o perigo de que esse nosso tipo de negócio caia em descrédito, mas também que o templo da grande deusa Ártemis perca toda a sua importância, vindo até mesmo a ser destituída da sua majestade aquela a quem toda a Ásia e o mundo adoram. Ao ouvirem isso, encheram-se de fúria e gritaram: Grande é a Ártemis dos Efésios! Quando conseguiu apaziguar a multidão, o escrivão disse: Homens de Êfeso, existe alguém que não saiba que a cidade dos efésios é a guardiã do templo da grande deusa Ártemis e da sua imagem que caiu do céu?
A verdadeira Rainha do Céu e Mãe de Jesus Cristo chama-se SOPHIA, (Sabedoria) cujo Templo chama-se THEOSOPHIA (Sabedoria Divina). Ela é a “Amada” do Cântico dos Cânticos, declamando para o seu “Amado” Jesus Cristo. Ela é a “Mãe do Amor Formoso” (Eclesiástico 24;24) que se revela e se apresenta a si mesma em Eclesiástico 24:1 a 51.
Afinal, o sentido dos textos bíblicos mencionados, é expresso literalmente, e perfeitamente compreensível até pela mediana cultura. A Bíblia não é um cardápio à la carte, onde cada um recolhe apenas aquilo que atende as suas conveniências, interpreta como lhe convém e ignora tudo aquilo que não lhe interessa ou que contraria os seus verdadeiros propósitos.
Os teólogos, através das suas instituições, as denominações teológicas, com os seus regulamentos, símbolos, dogmas, doutrinas, rituais, imagens, ídolos, relíquias, solenidades, santos, a rainha dos céus e tradições humanas, colocam-se como intermediários entre Deus e os seres humanos, como se tivessem algum poder para influir na sua salvação perante Deus. Ora, com base nos textos bíblicos acima referidos, surge a pergunta:
Para que servem, realmente, os teólogos e suas instituições?
O contato do Pai com os seres humanos é feito exclusivamente pela Graça, através do Filho e por intermédio do Espírito Santo, quando, porque e com quem Ele quiser. Os escribas e fariseus, sinônimos dos teólogos e seus rigorosos seguidores, na linguagem atual, deveriam se preocupar... É conveniente que estudem Mateus 23;1 a 39. Eis um “adiantamento” para adverti-los.
Mateus 23;13,14,39 – Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais aos homens o reino dos céus; nem entrais, nem permitis entrar aos que entrariam. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas, fazendo, para disfarçar, longas orações; por isso recebereis uma condenação muito maior. Pois desde agora vos digo que de modo algum me vereis, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.
Como sabemos, no intercâmbio cultural entre os seres humanos, ninguém ensina nada para ninguém, pois são as pessoas que aprendem através da sua própria compreensão, através das suas potencialidades racionais. No âmbito espiritual, esse fenômeno ocorre com muito maior complexidade, pois os conhecimentos espirituais nos são transmitidos através de insigths, que somente o Pai e o Filho têm o poder de fazer com que eles ocorram em nosso espírito e sejam compartilhados com a nossa racionalidade.
João 14;26 – Mas o Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu vos tenho dito.
João 16;12 a 14 – Ainda tenho muito que vos dizer, mas não podeis suportá-lo agora. Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá a toda a verdade. E não falará de si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, pois receberá do que é meu e o anunciará a vós.
I João 2;27 – E quanto a vós, a unção que dele recebestes mantém-se em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Mas, a unção que dele vem é verdadeira, não é mentira, e vos ensina a respeito de todas as coisas; permanecei nele assim como ela vos ensinou.
A Primeira Aliança, fundamentada na Lei, nas fábulas e genealogias, simbolizadas em Moisés, ficou para trás, tornou-se o “ministério da morte”, gravada em pedras (II Coríntios 3;7) e foi substituída pela Segunda Aliança, fundamentada no Amor e na Graça de Cristo (Hebreus 8:8 a 13) gravada na mente e no coração dos escolhidos. Os escribas e fariseus, hipócritas, permanecem no ministério da morte, pois a Doutrina da Graça, como está escrito, é ‘gratuita’, não dá lucro financeiro nem projeção política para ninguém, por isso ela foi descartada pelas denominações teológicas. Na Bíblia, não consta que os Profetas primitivos do Velho Testamento, e os Apóstolos do Novo Testamento eram “profissionais” e recebiam quaisquer tipos de proventos pelas suas pregações. Além disso, eles só tomavam essa honra para si, em função das suas inspirações espirituais, obtidas exclusivamente por concessão, ou pela Graça. (Hebreus 5;4).
II Coríntios 3;13 a 17 – E não somos como Moisés, que colocava um véu sobre o rosto, para que os israelitas não fixassem os olhos no restante da glória que se dissipava. Mas a mente deles tornou-se insensível. Pois até hoje, quando ouvem a leitura da antiga Aliança, o mesmo véu permanece e não lhes é retirado, pois somente em Cristo ele é removido. Sim, até hoje, sempre que Moisés é lido, há um véu sobre o coração deles. Contudo, quando um deles se converte ao Senhor, o véu é retirado. O Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. 4;3 a 7 – Se o nosso evangelho está encoberto, é para os que estão perecendo que está encoberto, entre os quais o deus deste século cegou a mente dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Pois não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por causa de Jesus. Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, foi ele mesmo quem brilhou em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que o poder extraordinário seja de Deus e não nosso.
Estamos nas últimas etapas da evolução humana, e o remanescente está sendo recolhido nas derradeiras cirandagens. (Romanos 9;27 e 11;5,6) O “castelo de cartas” dos sofistas vai desabar. Não há mais tempo a perder.
Atos 17;30 – Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena que todos os homens, em todos os lugares, se arrependam.
No Universo não existe, em hipótese alguma, o acaso, o vazio, e o repouso ou imobilidade absoluta. Por isso, não há precisão no relógio, no peso, e nem na posição e velocidade das partículas subatômicas. Talvez a única e abrangente exceção esteja no bloqueio mental dos indivíduos, que ficaram detidos e “imobilizados” nas histórias, fábulas e genealogias, semelhantes às histórias infantis, que estão suspensas no mundo das crianças espirituais, retardando a sua evolução para o estágio na fase adulta no espírito, pois no âmbito espiritual, ocorre com frequência o paradoxo do envelhecimento da própria infância, sem que transite pela fase adulta, e não há nada que se possa fazer. A solução está na Graça, e esta depende da Misericórdia do Pai, do Amor e da Graça de Jesus Cristo, expressa através da Unção do Espírito Santo! Todavia, nestes últimos tempos, é preciso continuar lançando ao vento as sementes da “Videira Verdadeira”, como determina o “Agricultor”, pois ainda há o remanescente de “terras férteis” onde elas poderão germinar e dar fruto. (João 15;1,2) (Mateus 13;23)
É tempo de deixar o conforto das planícies, escalar as montanhas e também mergulhar nas profundezas dos abismos, em busca do conhecimento de Deus. No pico da montanha mais alta está o Palácio da Theosophia, onde habita Sophia, que estava com o Pai, desde antes da fundação do mundo, quando Ele esquadrejava os espaços para dispor os seus Anjos.
Eclesiástico 6;22 a 33, 36 – A sabedoria merece o nome que tem, pois não se manifesta para muitas pessoas. Escute meu filho, aceite minha opinião e não rejeite o meu conselho. Coloque os pés nos grilhões dela e o pescoço debaixo do seu jugo. Incline o ombro para carregá-la, sem se irritar com suas amarras. Aproxime-se dela com alma aberta e siga-lhe os caminhos com todas as forças. Procure suas pegadas, e ela se manifestará a você. Uma vez possuída, não a deixe mais. No fim, você encontrará nela o repouso, e ela se transformará em alegria para você. Os grilhões dela serão para você uma poderosa proteção, e o jugo dela um enfeite precioso. Seu jugo será ornamento de ouro e seus grilhões fitas de púrpura. Você a vestirá qual manto de glória, e a terá na cabeça como coroa de alegria. Se você quiser, meu filho, ficará instruído e se você se empenhar, se tornará hábil. Se você gosta de escutar, aprenderá; e se der ouvido, se tornará sábio. Se você encontrar um homem sábio, madrugue para visitá-lo, e que seu pé gaste a soleira da porta dele.
P. S. - O texto "O Poder da Denominação Teológica" esclarece para que servem, realmente, os Teólogos e as suas instituições.