CONTEMPLAÇÃO...

E bem cedo se levanta,

E se lava o rosto e se fica

Pronto para se tomar

O café da manhã rápido,

Porque as tarefas do dia

Pedem por serem feitas,

Mas antes se vai até à janela

Para ver o tempo como está,

Se vai chover ou fazer sol...

E depois da contemplação

Em que se fez na janela,

Se vendo paisagem afora,

Se percebe, nessa sã hora,

Os campos estão semi-nus,

E cadê as árvores da floresta

Que existia e que morreram?

AH, sim, uma tal de motosserra,

Com seus dentes afiados,

Todas as árvores, às destroçou,

E se fez derramar seu sangue

Em forma de pó de madeira...

Eis, pois, esse descaso vil rude

De que não se o reverte,

Esse descaso é irreversível...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 21/12/2018
Código do texto: T6532235
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