VIDA REAL
Sempre que acompanho o desenrolar de uma trama ficcional, tento adivinhar os próximos passos daqueles personagens que vivem o enredo pré estabelecido, pois apenas aos telespectadores é oferecido acesso amplo e o direito de distinguir realidade e ficção.
Por mais que nossas vidas sejam para ser apenas vividas, costumamos planejar e replanejar, e replanejar de novo e quantas vezes mais acreditarmos ser necessário, assim faremos.
Quando temos um livro em nossas mãos, apenas no último capítulo o mistério é revelado, mas, se pularmos o roteiro que o autor desenvolveu, tudo perde o sentido, a descoberta se faz de forma fria e frustrante, provocando inclusive o julgamento errôneo da obra, não pelo seu conteúdo, mas sim, por termos fechado os olhos para a motivação dos fatos, a emoção e reação detalhada ao longo das páginas ignoradas.
Assim como na ficção, a vida cotidiana possui muitos detalhes a serem desenrolados durante as vinte e quatro horas do dia; é a partir do momento que abrimos os olhos para este mundo, quando soltamos o primeiro grito ou choro, anunciando nossa chegada, sem que nos fosse ofertado um modelo a seguir ou um roteiro preparado por autor renomado, capaz de garantir o final feliz de uma história que começamos, enfim, esboçar nossos rascunhos.
Hoje questiono algumas certezas que já me acompanharam, ainda que tenha questionado, em algum momento, a existência de pessoas completamente capazes de manipular nossas vidas, provocar a tomada de decisão a favor deste ou daquele, e fazer acreditar na unilateralidade e senso de justiça sem influências externas.
Acreditar em alguém sem reservas é como caminhar de olhos fechados pela região do abismo, afinal, apenas aos amigos é dado o direito de trair, apenas aos amores é passada uma procuração atribuindo plenos poderes para destruir nossos corações, enquanto o baile da vida real segue...
Por mais que nossas vidas sejam para ser apenas vividas, costumamos planejar e replanejar, e replanejar de novo e quantas vezes mais acreditarmos ser necessário, assim faremos.
Quando temos um livro em nossas mãos, apenas no último capítulo o mistério é revelado, mas, se pularmos o roteiro que o autor desenvolveu, tudo perde o sentido, a descoberta se faz de forma fria e frustrante, provocando inclusive o julgamento errôneo da obra, não pelo seu conteúdo, mas sim, por termos fechado os olhos para a motivação dos fatos, a emoção e reação detalhada ao longo das páginas ignoradas.
Assim como na ficção, a vida cotidiana possui muitos detalhes a serem desenrolados durante as vinte e quatro horas do dia; é a partir do momento que abrimos os olhos para este mundo, quando soltamos o primeiro grito ou choro, anunciando nossa chegada, sem que nos fosse ofertado um modelo a seguir ou um roteiro preparado por autor renomado, capaz de garantir o final feliz de uma história que começamos, enfim, esboçar nossos rascunhos.
Hoje questiono algumas certezas que já me acompanharam, ainda que tenha questionado, em algum momento, a existência de pessoas completamente capazes de manipular nossas vidas, provocar a tomada de decisão a favor deste ou daquele, e fazer acreditar na unilateralidade e senso de justiça sem influências externas.
Acreditar em alguém sem reservas é como caminhar de olhos fechados pela região do abismo, afinal, apenas aos amigos é dado o direito de trair, apenas aos amores é passada uma procuração atribuindo plenos poderes para destruir nossos corações, enquanto o baile da vida real segue...