Por tras do muro
Como obra inacabada,
casa grande interditada,
grade alta acorrentada,
só abre de lá pra cá.
As vezes por uns habitada,
permanece desolada,
escorada na escada,
nem sempre esperança há.
Mas se ergues os olhos
e avista além do portão
verás uma luz, um clarão,
quem sabe uma pequena chama
Um abraço, um sorriso, um ninho
uma lanterna apontando o caminho
um coração escancarado
que bate por ti e te ama.
Abre o cadeado.