Esponjinha de Sentimentos
Quando penso estar entendendo um pouco mais da vida, das cores, das pessoas e das dores, vem, de repente, um golpe insano. Como um sopro estrondoso que faz lembrar o que se tenta esquecer. Quando penso ter corrido uma maratona, vejo que só dei alguns passos rasos. Uma surpresa após outra. São coisas incrivelmente inexplicáveis. Eu sou um estuário. Eu sou um rio, sensível aos efeitos das marés. Eu sou o encontro do bem com o mal. Eu sou o meio, afinal. Filha do meio de uma Mãe. Não sei como isso começou. Nem sei o porquê de haver começado. Nada disso faz sentido. O sentido de Tudo é que Nada tem sentido algum. Não importa o quanto queira saber, está tão distante de nós. Nós somos apenas nós. Únicos, pequenos, loucos e, alguns, serenos. Quero que me aperte. Quero que me aperte forte o bastante, até que estejamos juntos por inteiro. Até que nos tornemos Um.