ÓCIO________________

Desavergonhado esse ócio e do brabo!

Ócio na vasta bagunça em mim, em meus quintais e praças, diante do dia que esfria lentamente.

Ócio à minha alma,
onde meus olhos emergem ao mundo em neblina,
em completo abandono, onde suspiro atravessada pelo sossego, longe da algazarra, onde se dissolve em minha língua o café.

Ócio, papel, verso e é aqui onde me demoro - na palavra -, que é,
para mim,
a alma mais nítida do mundo.
Jazo submersa nesse ócio,
calma,
na santíssima indiferença ao que não é poesia.


 
oOoll NOTURNA lloOo
Enviado por oOoll NOTURNA lloOo em 13/12/2018
Reeditado em 13/12/2018
Código do texto: T6526176
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