Lobotomia social
Fugimos pela janela codinome amor
subimos ao telhado que parece desespero,
o céu gotejava esperanças, acima das nuvens
o infinito era abismo, que mais parecia espelho.
Os lobotomizados perseguiam nós dois,
sociedade covarde repetindo coros inteiros
Buscando se convencer que viver cabe em conceito,
desprezando simplicidade e emoção,
comoção ante ao abismo espelho.
Não, linda, não olha pra baixo,
seguro teu braço, com unhas de espírito,
com olhos-perigo de humano imperfeito.
A insegurança é consequência semântica .
Não pensa monetariamente a vida,
a consciência tem gosto de partida.
Momentaneamente fechamos a ferida.
Pensa q'nem eles não, costura teu cérebro
em tuas próprias mãos, de pelúcias de infância
e linhas de afeto.