MULHER
Não trata-se apenas de igualdade salarial, de direitos iguais, de supremacia do sexo feminino, do suposto "vitimismo" que a sociedade diz que a mulher se enquadra. Não, não trata-se apenas dessas questões, o assunto é muito mais abrangente. E antes de falar o que realmente prevalece hoje em dia na luta feminina, é importante mencionar que as mulheres têm certos "privilégios" hoje em dia puramente por uma questão histórica. Mulheres foram SIM vítimas da sociedade, pois o sexo feminino não tinha qualquer direito há poucos anos atrás e era tratado como um acessório do sexo masculino. Quem tinha direito era apenas o homem, o patriarca da família, o sexo masculino e sua imensa virilidade. Portanto, para comprovar o quanto a mulher merece certos direitos, por questões históricas, é só analisar a data em que o sufrágio feminino foi alcançado no mundo, sendo a Nova Zelândia o primeiro país a garantir o sufrágio feminino no ano de 1893 e no Brasil o sufrágio foi alcançado somente no ano de 1932, através do Decreto n° 21.076 de 24 de fevereiro daquele mesmo ano, ocorrido no plano nacional do presidente Getúlio Vargas. No entanto, o voto feminino ainda era facultativo. Somente no ano de 1934, com a proclamação da Carta Magna é que o direito feminino ao voto se tornou um dever. Então sim, mulheres (por questões históricas) merecem certos direitos e privilégios que são repudiados por parte da sociedade. Mas, não focando nesses direitos e falando da luta feminina nos dias atuais, é interessante colocar em foco que a luta é bem mais abrangente do que muitos pensam. Não é querer colocar o sexo feminino num pedestal e menosprezar o sexo masculino, é sim implorar por uma equidade entre esse sexos. Para o homem é fácil julgar, é fácil dizer que a mulher e o movimento feminista querem se vitimizar o tempo todo. Mas, o que eles não imaginam é o preconceito sofrido por nós mulheres dia após dia. Preconceitos, pré-conceitos, comentários maldosos, olhares que repugnam. É sobre ter receio em colocar uma saia mais curta e um salto mais alto, é sobre ter receio em andar na rua sozinha quando já está noite, é sobre estar em uma roda de "amigos" e ouvir comentários maldosos sobre a mulher que acabou de passar ao nosso lado. É sobre não poder ser totalmente livre, porque mulher totalmente livre é constantemente julgada por "não prestar". Enquanto que o homem totalmente livre não é julgado por absolutamente nada! A nossa luta não se estende apenas por direitos iguais, mas por respeito, por empatia, pelo fim do preconceito no dia a dia, nas piadinhas que ouvimos e damos um pequeno sorriso, fingindo que não nos magoou. Mulher não tem que ser encarada como fácil e como alguém que não merece o devido respeito somente pelo fato de fazer a mesma coisa que vocês homens fazem! A luta começa no dia a dia, nas pequenas atitudes, no devido respeito e, principalmente, em cuidar mais do próprio umbigo do que em ocupar o seu precioso tempo difamando a mulherada por aí. E para nós mulheres, mais SORIRIDADE. Seja uma mulher que levanta outras mulheres!