O acervo humano e a linha ferroviária

''Dentro de cada ser humano há um universo repleto de informações
armazenadas no que nós conhecemos por mente. A diversidade
memorial é existencialmente abundante e, ao mesmo tempo, singela.
Todo o registro do que aconteceu, do que está acontecendo ou do
que ainda acontecerá é criteriosamente arquivado pelo incrível
acervo que representa essa engenhosidade biológica chamada
cérebro.
As lembranças do que ficou para trás não significa que o outrora
não existe mais. Verdadeiramente, a memoração expressa uma
continuidade permanente e, provavelmente, vitalícia enquanto nós
estivermos aqui, nesse plano material. Só porque um ente querido
é transportado para outra dimensão, não expressa, necessariamente
uma simbologia de que aquela pessoa que nós amamos e apreciamos
não existe mais. Estamos referindo-nos à morte, então, de fato
essa eventualidade obrigatória para qualquer indivíduo humano
que já caminhou, está caminhando ou caminhará pela Terra
não é traduzida pelo fim da linha. Não! Há vida do outro lado.
A minha finalidade não é suscitar divergências ideológicas e crédulas,
portanto, o princípio do funcionalismo da empatia deve ser
trabalhado para que nós visemos sempre a evolução constante.
Por conseguinte, finalizando a minha reflexão, eu gostaria de fazer
uma analogia: a vida é como o trem, que vai progredindo através da
extensa linha ferroviária, à medida que o trem vai avançando pela
estrada, ele passa por novas paisagens, novos horizontes e novos
caminhos transfigurados pelas pessoas que conhecemos, pelas
situações desafiadoras que contestam-nos, pelos momentos que
fizeram-nos felizes e pelas coisas que deixaram cicatrizes profundas
e causaram mal, entretanto, decidimos continuar na trajetória
rumo ao futuro, emblematizado pelo que ainda não enxergamos
durante a jornada, mas que já projetamos e idealizamos.''
Lucas Nicácio Gomes
Enviado por Lucas Nicácio Gomes em 29/11/2018
Reeditado em 19/03/2019
Código do texto: T6515075
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