Cego de uma perna e manco de um olho
Até quando vai essa ladainha de reclamar do “golpe de 2016”, do PIG, da “justiça partidária”, dos traíras, do grande capital, da CIA e etc.?
Para os que teimam na filosofia do “não li e não gostei” e do “li mas ignoro”, vamos recordar um FATO.
Abaixo está transcrito um trecho do Caderno de Teses do QUINTO CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES:
“Mudar nossa estratégia
44. Evidente que os atos iniciais de um governo não obrigatoriamente determinam seu desfecho. Neste sentido, é bom lembrar que os dois mandatos de Lula e o primeiro mandato de Dilma fizeram concessões ao grande capital, a oposição de direita e ao oligopólio da omunicação. Isto foi especialmente evidente nos períodos em que o ex-ministro Palocci ocupou posições de destaque, tanto no primeiro mandato de Lula quanto no primeiro mandato de Dilma.”
E não adianta dizer que o Palocci é traíra porque quem o escolheu para ministro e quem aprovou seus atos foram LULA e DILMA.
Vou ressaltar a expressão “OS DOIS MANDATOS DE LULA” para lembrar que, segundo se diz, ele tinha apoio de 80% da população mas, achou por bem manter o apoio eleitoral dos pobres e obter o apoio “moral” das elites.
Lula quis construir um império mas, a História nos mostra que os grandes impérios caíram por erros estratégicos ou esgotamento.
O Caderno de Teses do PT relativo ao congresso de 2015, dá a impressão de que havia um PT e um PT/LULA e quem se animar a ler o documento poderá perceber que ele estava sinalizando o fim do partido.
Em resumo, quem insiste em culpar A, B, C e o alfabeto inteiro pelos próprios erros, só vai conseguir enganar a si próprio.