TORNOZELEIRA ELETRÔNICA

Quisera eu, como criança levada, a esconder a cara do mundo

Daquelas que fazem "coisa errada"!

E têm consciência de suas peraltices

Dos segredos que em minh’alma a outros escondo e guardo

Todavia, não da vida ainda qu’espessa se ache aos meus míopes olhos

Qual poente a fugir-se no horizonte do mar à minha frente

Mas, seria por vergonha?

Seria então por medo?

Oh, quanta bobagem!

Não! simplesmente impossível!

Do sol que, em verdade, não s’esconde

Mas que se adentra no tempo de seu ocaso

E assim não adianta querer-se, pois fugir dos olhos da vida

De form'alguma!

Ao que creio que tais como os presos em condicional liberdade

E vede que deste modo então estamos:

Atados nossos pés... com uma suposta “tornozeleira eletrônica”

E alguém disto contesta ou desacredita?

Ah, não eu

E em que, pois eu creio?

Não! impossível e inadmissível fugir... dos olhos da vida!

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27 de novembro de 2018

Interação de J Estanislau Filho:

Aprisionados pelo muro que construímos ao redor

Pelo muro da cegueira coletiva

Alienados na distopia

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 27/11/2018
Reeditado em 27/11/2018
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