ALMA ANÁRQUICA
Bendito o que em sua destemida vida se vai da lei da morte abjurando
E haverá, neste tempo, alguém mais livre qu’ele?
(contra tantos que se afligem com desgostos,
... quais flagelos de ofensivos cilícios em seus dorsos o tempo todo)
“Toda regra tem sua exceção”
Ao que todos disto tão bem sabem
Oh, como me admira aos muitos que cegamente se adestram as regras!
Quando, quanto a mim, só me dou às suas exceções
Pelo que livre e anárquico em tal grau eu sou
Para todas as leis e cânones
(sem exceção pelo que, pois aqui afirmo)
Ah, a vida... e a alma!
Tão anárquicas em su’essência!
E com certeza, por isso mesmo tão belas!
(como eu igualmente sou anárquico... na vida)
Mas, fato é que s’é:
Toda regra tem sua exceção
Melhor assim
E o que mais eu digo?
Oh, como eu adoro as exceções!
(e somente as exceções... é claro)
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26 de novembro de 2018