ALMA ANÁRQUICA

Bendito o que em sua destemida vida se vai da lei da morte abjurando

E haverá, neste tempo, alguém mais livre qu’ele?

(contra tantos que se afligem com desgostos,

... quais flagelos de ofensivos cilícios em seus dorsos o tempo todo)

“Toda regra tem sua exceção”

Ao que todos disto tão bem sabem

Oh, como me admira aos muitos que cegamente se adestram as regras!

Quando, quanto a mim, só me dou às suas exceções

Pelo que livre e anárquico em tal grau eu sou

Para todas as leis e cânones

(sem exceção pelo que, pois aqui afirmo)

Ah, a vida... e a alma!

Tão anárquicas em su’essência!

E com certeza, por isso mesmo tão belas!

(como eu igualmente sou anárquico... na vida)

Mas, fato é que s’é:

Toda regra tem sua exceção

Melhor assim

E o que mais eu digo?

Oh, como eu adoro as exceções!

(e somente as exceções... é claro)

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26 de novembro de 2018

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 26/11/2018
Reeditado em 26/11/2018
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