Céu

Cada pessoa tem a possibilidade de ter um céu ou um inferno dentro de si mesma, ou um estado intermediário. Na madrugada do dia 22 de novembro de 2018, eu acordei e fui ao banheiro, um ato consuetudinário em cada madrugada. Ao voltar para a minha cama, eu senti um céu dentro de mim. Foi um estado espiritual indescritível. O silêncio da noite, o silêncio mental e do meu ser e a paz da minha alma são algumas palavras que uso não para traduzir, porque é indizível, mas para sugerir esse estado espiritual que me faz companhia em diversos momentos da minha vida.

Eu não conheço palavras que consigam expressar fiel e precisamente o meu agradecimento a meu Criador. A vida não é um mar de rosas. A vida é uma batalha, é um ambiente de lutas, trabalho, aprendizagem. Mas existem momentos nos quais eu vivo a plenitude, momentos nos quais eu sinto a felicidade plena e me sinto fora do tempo, na eternidade. Há momentos nos quais eu não sinto falta de nada.

Na tarde do dia supracitado, ao vir de motocicleta de uma escola na qual trabalho em São João dos Patos, eu contemplava a beleza do Universo e reconhecia as grandezas da Criação e do Criador.

Os seres humanos poderiam se livrar das ilusões, do apego às aparências; poderiam ter respeito e amor a todo ser humano, amar a si mesmos e a vida; poderiam aproveitar a vida para desenvolver seus dons e talentos, aprender ocupações úteis, trabalhar para o bem social e para a realização de si mesmos. Poderiam ser justos, honestos e solidários. Assim, poderiam construir um céu aqui na Terra e reconhecer a beleza do que nos foi dado pelo Criador. Mas a humanidade está muito longe dessa situação.

Podemos ter luz ou escuridão dentro de nós. Podemos ter um céu ou um inferno. Escolhamos a luz! Escolhamos o céu!

Pastos Bons/MA, 22/11/2018.

Domingos Ivan Barbosa