"BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA"
Quanta ingenuidade do tempo... sentir-se tão imponente!
A se ufanar no que s'esconde em seus segredos
Das palavras que mentem em nome da vergonha de seus atos
E por isso não publicamente as confessam
Daquelas que a Eternidade inevitavelmente revelará
Mas, e quem disse que a verdade se falará somente no além-tempo?
Oh, eis que aqui mesmo dela se saberá
E a injustiça não s’enconbrirá na noit’eterna do universo
Qual dormente sombra aqui na penumbra da terra a que não s’enxerga
Ah, decerto que não se ocultará!
No escuro desta mesma noite em qu'enganosamente se abriga
Oh, espera, ó suplicante mortal... em su’angústia
Que a alvorada implacavelmente virá
E quando destarte chegar, ainda que tão longo prazo durou
Vede que rápido então se fez
E assim, espere... em paz
“Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça
... porque serão fartos”
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14 de novembro de 2018