Totó estranho andarilho
seria destino
rodar pião,
tocar sino?
fora casado e tinha filhos,
vivia só, mas andava nos trilhos.
estranhíssima criatura bondosa e fiel.
porém, tinha popularidade na sua cidade
pela qual andava ao léu mirando para o céu,
pela maneira simplória de sua velha história.
era bem aculturado, além de bem informado,
também, e por cultuar bons atributos quais
superavam os seus velhos desacertos,
os quais colocavam os filósofos
em desalinho com pensa-
mentos mesquinhos
a seu respeito,
jamais
batia
o pe-
ito e
não
bebia
não
fu-
ma-
va,
so
bre-
vivia
direito
alegremente
das sobras doadas
pelas famílias abastadas
quais por ele tinham grande
respeito, pois, era um sujeito
ativo. por que tanto respeito
assim por alguém sem a menor
expressividade? Totó era um ser
iluminado, e que teve um passado
glorioso, do qual falaremos mais tarde.
naqueles dias, encarnara um personagem
bíblico qual se alimentava das migalhas que caíam
da mesa de seu senhor. e com seu veio poético o qual
transmitira ao filho Zeca, através da fertilidade, o sentido
da boa genética
de real valor
ao sornir
do sino
sobre
so-
nho
do amor.
Um barco à vela
um veleiro
uma ca
rave
la.
pois, estou com pião a rodopiar a minha intenção,
taça na mão, sino no coração, então, preciso
mudar de destino. porém, por tanta
repetição ao leitor peço perdão.
vou mudar minha muda
de direção papuda.
ah… isso está escrito num manuscrito bem
antigo que transpus num dos livros do qual
já me esqueci, dentre os quais que escrevi.