Tudo isso é básico

Cumpra o seu dever diário; procure não prejudicar ninguém; respeite as leis de seu país; respeite cada pessoa (não agrida, não roube, não furte, não calunie, não seja perseguidor de ninguém, não minta, não mate ninguém, não torture ninguém, não defenda tortura de ninguém, não deseje a morte para ninguém); estude, trabalhe, preserve seus verdadeiros amigos (aqueles com os quais você tem afinidades e compartilha valores, pois amizade é algo baseado em afinidades e valores) e viva de acordo consigo mesmo.

Pense por si mesmo e siga o seu coração. Não se preocupe com quem não gosta de você. Não dê importância ao que é dito contra você e siga o caminho que esteja de acordo com a sua alma, sua consciência, seus anseios, valores, ideais, pois ninguém pode sofrer suas dores, nem ser feliz por você.

Use a razão. Se você possui mais de dezoito anos, use a razão e seja o seu próprio conselheiro. Sócrates dizia que ninguém pode transferir a verdade a ninguém, pois a verdade é encontrada dentro de si mesmo. Agostinho nos convida a não buscar a verdade fora, mas dentro de nós.

John Stuart Mill dizia que todo adulto deve ser livre para viver como quiser, desde que ninguém seja prejudicado. Segundo ele, a maior felicidade se encontra nos indivíduos que têm maior liberdade na forma de se comportar. Stuart Mill afirma que os outros pensam que sabem o que nos faz felizes, mas estão errados, porque, de acordo com Stuart Mill, nós sabemos melhor do que ninguém o que queremos fazer da nossa vida, e mesmo que não saibamos, dizia o filósofo, é melhor que cometamos os nossos próprios erros. Kant escreveu: "Ousa fazer uso do teu próprio entendimento!"

Se eu fosse ouvir a opinião das pessoas, eu não teria me formado e melhorado a minha vida e a vida da minha mãe, além de outras consequências benéficas decorrentes da minha saída para a cidade, porque muitos diziam que eu ia enlouquecer por estudar muito; muitos me chamavam de preguiçoso por estudar (mesmo eu indo ao mato caçar o jumento para carregar água de longe; se não achasse o jumento em pouco tempo, devia voltar para carregar água no ombro; mesmo eu indo ao mato colher pequi, bacuri, fava para gado bovino, fava d'anta, procurar carvão nas queimadas; ainda ia buscar banana, laranja e tangerina distante, no jumento, para revender). Certa vez, uma colega de turma me disse que eu só ia todo dia à escola porque, segundo ela, eu queria aparecer. Obs.: Eu sinto prazer em inserir o meu passado em textos meus, pois a teoria ganha fundamento existencial concreto, além do fundamento abstrato, racional, lógico e coerente.

Tudo isso é básico.

Confesso: a Filosofia é libertadora!

Uruçuí/PI, 13/11/2018.

Domingos Ivan Barbosa

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 13/11/2018
Reeditado em 13/11/2018
Código do texto: T6501808
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