PERGUNTAS QUE FICARAM NO TEMPO
Tempo... tempo... tempo...
Esse curto instante a se passar
E assim sem perceber eis que s’esgota... e foge
Ai, quanto rápido se chega ao ponto de não mais se sentir o viver!
Quem sabe, pela vida que se mergulhou nas labutas dela mesma
E deste modo perdeu a sua magia, o seu encanto
Tempo... tempo... tempo...
Oh, quão preciso se faz não perder então o momento que passa!
Todavia, quantos o deixam em total desuso!
Do riso e do gozo de outrora, hoje, porém sepultado e esquecido
Ou mesmo do luto que naquele prazo não se fez
Tempo perdido... desperdiçado... assassinado... aniquilado...
E, portanto vede que à vida, pois pergunto:
Por que deixei tudo então ir embora?
Tempo... tempo... tempo...
Quanto tempo vivo para mim?
Tempo... tempo... tempo...
E quanto tempo só vivo... para mim?
(a que m’esqueci dos demais)
E então! será que compensou?
Tempo... tempo... tempo...
Quanto tempo vivo para os outros?
Tempo... tempo... tempo...
E quanto tempo só vivo para os outros?
(a que m’esqueci de mim mesmo)
Será que valeu a pena?
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10 de novembro de 2018