Considerações do Autor


               Índia é uma personagem simples, cujos temperamento e comportamento são correspondidos na imensidão do universo em que vive associada ao precioso sabor da liberdade cultural. Aqui, a índia representa a mulher brasileira e todas as pessoas no seu universo. É a rainha da selva primeira, princesa dos ideais femininos, das alegorias encantadoras, do perfume inusitado que derrama sobre as folhas do “lírio do campo” em noites frias e orvalhadas.
               Primeira dama, da noite e do dia, a indígena, a cacique, amazona, corajosa a cavalgar, ameríndios (índios da América), habitante da aldeia, da palhoça (abrigo simples, rústico, coberto por palhas, amarrados por cipós), antes do Brasil se chamar Brasil. Ocasião em que a sombra sobre a suposta Ilha (de Santa Cruz) era tão grande quando a Ilha.
               As fontes são sagradas, os comportamentos abusivos, a decência (rica) e construtiva no brilho dos olhos de cada olhar. Saber degustar também o sabor do mel, do peixe que alimenta, da água que toma, das frutas silvestres, da carne de animais capturados. Por excelência, na beleza de sua pele, no cabelo castanho escuro, derramado sobre seu ombro. É uma bela rosa perfumada que sabe falar e encantar. Suas ricas características psicológicas e físicas emanam-se da beleza interior e exterior, às vezes, alusivas.
               A cultura brasileira com descendência por excelência aos portugueses. “Pedro Álvares Cabral e suas Caravelas”, Luís Vaz de Camões e seu poema Os Lusíadas, Dom Pedro I e a Princesa Isabel.  A Índia, os escravos africanos e outros. Não reconhecê-los é negar a própria pele.

12 de dezembro de 2014, às 22h.