Pensamentos

Nu e faminto brado meu grito em confins, sem fronteiras, sem limites,

Baixo sopro a poeira inútil de um crânio sacrificado e melado de tempo,

Lá longe corre um rio vermelho de sangre negro e fétido, clamando por mais mortes, pasmo e delirante vejo homens sem senso nus fodendo bonecas de palhas, enquanto um fogo sagrado queima sobre a pira mor,

mulheres famintas choram em volta de seus filhos mortos.

seres alados sobrevoam , e derrama sobre todos ácidos perfumados, que aos poucos limpam o ar e fazem as margaridas e os girassois crescerem, aos poucos o céu inunda de pássaros cantores.

Tudo gira e eu desfaleço.

O mundo flui sempre.

Natal Cardoso
Enviado por Natal Cardoso em 08/11/2018
Código do texto: T6497445
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