Um pouco da Saudade

O dia foi cheio, de incertezas, de parlatório e de números. Falta alguma coisa. Sempre falta alguma coisa. Assim é a vida, do que sonha, do que vive. Dos amigos, tenho poucos, de verdade. Dos amores, nada. O sentido da vida, questionável, segundo a segundo. Na verdade, bem lá no fundo, poucas coisas fazem sentido agora. Mas sigo. Ouvindo as mesmas músicas, e apaixonado pela mesma lua. Ainda te tenho no peito, e dói. O defeito, o meu defeito, foi ter pensado que seria fácil a vida sem um amor. Sem meu amor de verdade. E sabe o abraço? O único abraço que tem encaixe perfeito, o nosso. Sempre me pego sonhando com ele. E nada mudou. Bem, não é bem assim. Alguma coisa mudou. Estou hoje mais careca, um pouco menos barrigudo, mas ainda gordinho. Agora o sentimento, o amor, dói sempre um pouco mais. E você, mais distante do que nunca. De qualquer forma o tempo há de tapar o buraco, se não for com outro amor, será com terra, e aí então terei a tão sonhada paz. Mórbido? Deprimente? Libertador!