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A industrialização consiste em transformar um determinado espaço geográfico para produzir, investir em tecnologia para acelerar e melhorar esta produção e alimentar um mercado consumidor. É um fenômeno essencialmente humano e provoca profundas alterações socioespaciais, acelerando a urbanização, forçando migrações e alterando drasticamente a exploração e utilização dos recursos naturais.

Mas, você já se perguntou em como este processo histórico, ao alcançar status globais, alterou a forma de enxergarmos o mundo à nossa volta e principalmente a nós mesmos?

Temos hoje, quase que a obrigatoriedade de nos pensarmos e de sermos reconhecidos principalmente sob o prisma do que temos e não necessariamente do que somos; do conhecimento que acumulamos ao grau de influência que nos mostramos capazes de exercer sobre os outros, passando pelos bens materiais que adquirimos e que nos conferem determinado status aos olhos da sociedade, somos mensurados pelo que temos e não pelo que essencialmente somos. Tudo é produto, nós somos produtos.

O reflexo mais evidente disso foi um distanciamento do homem da busca natural por sua essência interior. Conhecemos muito mais da natureza e do funcionamento das coisas a nossa volta do que da nossa natureza interior.

Será que para que alcancemos aquilo que entendemos por evolução plena, tenhamos que repensar alguns processos e voltar a olhar para dentro nós e tentar obter respostas para a mais profunda de nossas questões?

"QUEM SOMOS NÓS E QUAL É O NOSSO VERDADEIRO PAPEL NO UNIVERSO?"

Renata Vasconcelos.