A gaiola

Eu me sinto em uma grade invisível, presa aos quatro cantos ao meu derredor, não conseguindo seguir muitos passos, olho para cima e o que vejo é a grade que se encontra em todas as partes fechando à gaiola por inteira.

Eu consigo ver a multidão lá fora me observando como se estivessem esperando por um espetáculo na qual eu esteja a introverter os curiosos.

A única coisa que consigo fazer é tentar sobreviver presa a uma multidão de pensamentos confusos e tortuosos.

Por mais que eu tente fazer tudo certo e escapar dessas grades, eu não consigo se quer abrir os olhos sem me imaginar morrendo parada aqui.

Pensamentos confusos me fazem errar, errar, errar, me faz errar tanto que não sei a hora certa de parar, por mais que pense que possuo forças para sair das dores quando eu bem entender, na verdade não me resta forças nem mesmo para enxergar um futuro longe daqui.

Será que seria sonhar demais, um dia ao abrir os olhos pela manhã, e acordar fora dessa jaula maldita?

Sempre que penso que vou ser feliz, ou me despedaçam o coração ou viro vítima do meu próprio coração.

Estava tudo indo muito bem, até recair em uma armadilha do próprio coração, e eu sei que jamais serei feliz nessa situação, mas enquanto eu estiver sem forças para parar de respirar definitivamente, eu vou ter a esperança de fugir dessa gaiola.

Gritar como um pássaro ferido já não atrái ninguém para abrir a gaiola, apenas platéias de pessoas que gostam de ouvir os cantos e gritos de dor.