Meu Mundo

Não importa como vou escrever ou usar as palavras. Não importa se vai ter rima ou se vai ser engraçado, lírico ou qualquer coisa do tipo. Não importa se tem coerência.

É apenas sobre render-se. Sobre estar em toda a parte que se quer estar através desse momento. As vezes eu sinto uma brisa tocando meu cabelo e rosto, vejo lugares desertos, cheios de árvores sem folhas, ouço uma música no Cello - mergulho novamente no universo que crio e recrio todos os dias. Acordo procurando respostas. Elas estão perdidas num canto da mente, de repente escondidas, esperando o momento exato para exibir-se.

Não importa o tempo que demore, porque no fim a vida não passa de uma consecução exaustiva de aprendizados. Essa tristeza de agora, vai passar. Outras virão, uma após a outra, sempre e sempre.

Um dia, construí um jardim. Alguém disse que poderia ser o meu lugar no mundo - meus olhos brilharam. Minha primeira obra foi levantar uma ponte. Essa ponte passa por um lago com águas tranquilas. De um lado da ponte tem uma árvore grande com folhas verdinhas onde recosto para apreciar o horizonte. O dia é sempre ensolarado e o clima é muito agradável. Do outro lado da ponte há pipas no céu de todas as cores - porque pipas são leves. Meu jardim é visualmente bonito. Ainda falta construir muitas coisas, mas estou realizando as obras com sobriedade - quero que seja perfeito. É nesse lugar pequeno e aconchegante que passo os melhores momentos. É nele que me escondo hoje. Vou ser feliz no meu mundo. Não é preciso que outras pessoas entendam ou gostem. Ele é meu santuário intocável.

Ana Liszt
Enviado por Ana Liszt em 31/10/2018
Reeditado em 31/10/2018
Código do texto: T6490756
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