Na rua onde perdi o amor

Que arte foi esta que você aprontou

Suas notas fizeram corpos irem ao chão

E cruzar na rua onde perdi o amor

Colar os cacos reais

Deixando-se levar pelo

Dia de sol

A euforia do sim

A tristeza do não

Mas se lembrar que a vida recomeça

Como uma nova refeição em outra mesa familiar

Num domingo qualquer

Cala sua mãe com risos

Repetindo poesias

Correndo para enxergar do mais alto que puder

E ver que somos pequenos diante de tudo isto

Cruzas por ruas e semáforos

Para deitar e pintar olhos e linhas

Aproveitar a companhia de quem não quer soltar sua mão

Ainda bem que tudo se move

Mesmo quando insistimos em ficar parados

Eu corro para abrir todas as portas

Que tenha gente ocupada demais

Em ser alegres

Em ser breves como passos de samba

Em ser breve como cachorros e suas artimanhas para um cafuné

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 30/10/2018
Código do texto: T6490145
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