Na rua onde perdi o amor
Que arte foi esta que você aprontou
Suas notas fizeram corpos irem ao chão
E cruzar na rua onde perdi o amor
Colar os cacos reais
Deixando-se levar pelo
Dia de sol
A euforia do sim
A tristeza do não
Mas se lembrar que a vida recomeça
Como uma nova refeição em outra mesa familiar
Num domingo qualquer
Cala sua mãe com risos
Repetindo poesias
Correndo para enxergar do mais alto que puder
E ver que somos pequenos diante de tudo isto
Cruzas por ruas e semáforos
Para deitar e pintar olhos e linhas
Aproveitar a companhia de quem não quer soltar sua mão
Ainda bem que tudo se move
Mesmo quando insistimos em ficar parados
Eu corro para abrir todas as portas
Que tenha gente ocupada demais
Em ser alegres
Em ser breves como passos de samba
Em ser breve como cachorros e suas artimanhas para um cafuné