E, PORTANTO VEIO... O DESEJO (em sintonia com Freud)

Força viva e, ao que se diria irresistível

A puxar-nos para si no ímpeto de seu poder

Pelo que tão grande se faz sobre nós o seu fascínio

Ainda que suave sejam às vezes, pois suas formas

Todavia potente n’atração de seus encantos

Libido viva... e alucinante!

Magnetismo compulsivo... arrebatador

Mas, se destarte não fosse, como sobreviveria a humanidade?

Alguém poderia d’outra forma em se saber?

Só se das árvores todos nascessem

A qu’então viessem d’estrume da terra

Oh, lamentáveis a que somos! que só agimos em proveito próprio!

Pelo que tão egoístas somos

A que, portanto caso não houvesse o desejo decerto extinguiríamos

(poderia alguém disto duvidar?)

Ah, a dinâmica libido!

Vital e fundamental energia a atuar em nossas mentes

(seria mesmo apenas psíquica?)

Pelo que em tal grau a exerce em nossos corpos

Na verdade, um truque, ou quem sabe, uma graça da mãe natureza

Contudo, tão condenada por mil religiosos hipócritas

Ou sofistas fundamentalistas de seus ridículos credos

Deus me livre deles!

(como se não os houvessem nascidos do coito de seus pais!)

E então, negarei minha natural humanidade?

Oh, com certeza que não! (pelo menos não eu)

Da vida de que tudo flui a que não deseja ser, pois interrompida

Menos ainda rejeitada...

E, não importa que o prazer fugaz o seja

Ou mesmo, como dizia o grande poeta inglês,

... “ que a posição seja ridícula” (Philip Chesterfield)

Até hoje ninguém conheceu fascínio maior do que tal

Por que então o recusar?

E, portanto veio... o desejo!

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28 de outubro de 2018

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 28/10/2018
Reeditado em 28/10/2018
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