Emocional, espiritual e mental [Desabafo]
É muito estranho quando eu penso em um texto e tenho a vontade de escrevê-lo. Estes textos sempre se engatilham de uma coisa que me passa pela mente, seja por mim vivida, por um outro alguém ou imaginar passar por tal situação de forma hipotética. Então acabo por malhar a ideia e construir tudo bonitinho, faltando apenas transpor ela em uma plataforma. Eu crio as reações, o cenário, os detalhes das coisas, como irão reagir após a cada fala e ação, só que tudo isso ainda no meu imaginário. Logo chego animada em casa, e me transponho para frente da tela e começo a escrever como fiz ao imaginar, e... não dá!
Acho curioso, e horripilante (!), saber que pôr aqui e clicar naquele botãozinho "publicar" já remove a particularidade do meu imaginário. Eu perco o controle total do que vão achar, de que palavras querem alterar, se a ideia não estava tão boa, se era realmente o que eu queria mostrar pro mundo, o que vão pensar de mim depois disso e um zilhão de outras coisas. E não escrevo mais.
Eu nem sei se isso interessa a vocês, se pode ser o mesmo quadro de alguém ou sei lá o quê. Eu só acho que eu preciso liberar isso. E tipo, eu amo escrever e imaginar as coisinhas, mas saber que existe um mundo para onde esse texto vai, me dá um medo além do que posso superar. Então aquele texto, que foi criado com tanto carinho e esforço, apodrece na minha mente e depois fica fétido no meu pensar, atingindo a minha autoestima com golpes que não dá para mim revidar.
Eu fico frustrada com tudo isso, e como eu não sei lidar com estas coisas. É como se aqui, antes de por os dedos no teclado, eu fosse uma mulher mãe e, no tocar o teclado, eu me transformo em uma menina sem bonecas que morre de medo de tudo. Não e por culpa de vocês! Longe disso. É apenas meu imaginar o futuro que se quer existe, e eu sei que não existe, mas parece tão concreto que ele definha a mim mesma e minhas ideias.
Por fim, só queria pedir desculpas por alguns textos que me forcei a escrever para fingir não ter morrido, mas, que no fim, deram a ideia de que eu estava catatônica e não original. (Pelo menos para mim, eles me deram estas ideias. E não vou apontar.) Não é que eu tenha um "fãdum" (imagina eu; sá louca), é que a partir disso aqui, eu pretendo me esforçar contra a tirania do meu próprio imaginar. Espero que dê tudo certo. Então vamos lá!!